Ontem foi dia de “dois em um”:
- uma sessão com a discussão da teoria, com a apresentação do projeto do decrescimento por parte de Serge Latouche “himself”, na Gulbenkian;
- uma sessão com a apresentação do caso prático de um país que se encontra atualmente a repensar o seu futuro: a Islândia.
Quanto à segunda, é tema suficiente para um artigo à parte deste, em que darei conta da digestão do que vi e ouvi no documentário “The Future of Hope” apresentado num ciclo que agora começa no Nimas.
Quanto à primeira… que mais dizer sobre Serge Latouche que não se encontre já espelhado nas diversas citações que se podem encontrar neste blog sobre a sua obra? Só mesmo estando lá…
Excelente comunicador, explanando as ideias de um modo muito assertivo, trouxe a Portugal, a meu ver, mais um contributo para a lenta mas necessária revolução na sociedade em prol de uma esperança no futuro.
Utópico? Assim pode parecer a alguns (senão à maioria…).
Mas eu acredito que o grau de concretização desta utopia depende da escala a que se pensa. E se, hoje, essa escala é pequena, revelando-se ao nível individual ou de um pequeno conjunto de indivíduos, com a divulgação das ideias do decrescimento (ou melhor, do acrescimento) de um modo construtivamente sereno e pacientemente persistente, a escala irá certamente alargar-se.
Para chegar onde? Considero-me uma privilegiada se conseguir vislumbrar uma resposta durante o meu tempo de vida.
E termino com um mote baseado numa frase que Latouche citou (infelizmente não me lembro de quem): há que temperar o pessimismo resultante do conhecimento da realidade atual com o otimismo da boa vontade e da força de vontade.
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