(imagem daqui)
Li faz tempo um artigo (aqui) que, embora simplista, considerei bastante assertivo no chamar a atenção para algumas tecnologias que nos estão a “embrutecer”.
Senão vejamos: GPS , calculadora, Smartphones, corretor automático, multitasking (ou multitarefa).
Intimamente ligado com um outro que escrevi aqui, reforço agora a ideia que estamos a ficar desumanizados a um ritmo deveras assustador. Como costumo dizer, o cérebro também é um músculo e, como tal, precisa de exercício.
Mas não se trata só de um problema de tecnologia “pura e dura”. É certo que foi esta que nos trouxe o conceito de “multitarefa”, mas qual de nós não faz mais de uma coisa ao mesmo tempo, como ler e ouvir música, cozinhar enquanto se vê televisão, acabar um trabalho que se tem em mãos enquanto se ajuda um filho com o TPC…
A sensação de que podemos fazer várias coisas ao mesmo tempo e, com isso, aumentar a nossa produtividade e eficiência, é uma ilusão.
De facto, quando pensamos que estamos a fazer várias tarefas ao mesmo tempo, na realidade o que o nosso cérebro faz é mudar a atenção de tarefa em tarefa muito rapidamente (1).
Um dos artigos que li afirma que o fazer várias tarefas “ao mesmo tempo” pode reduzir até cerca de 40% a produtividade de um indivíduo (2).
Outro refere um estudo em que se infere que quem tem este hábito pode usar o cérebro com menos eficácia mesmo quando se dedica a uma única tarefa (3) e outro ainda apresenta 12 razões para não o fazer (4).
Portanto, como costumo dizer a mim própria, “Focus, moça, focus. Uma coisa de cada vez”. O nosso cérebro agradece.
E não esquecer que a tecnologia é um auxiliar e não um substituto: ela está para o cérebro como um bom par de ténis para o exercício físico dos músculos das pernas, não como umas muletas ou umas escadas rolantes…
(imagem daqui)
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